segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Arrumando armários

Resolvi dar uma arrumada geral nos armários e gavetas de casa.
Comecei pelo meu quarto.
E sempre há descartes. Isso eu gosto muito.

A secretaria só vem duas vezes por semana, mas nessa semana não apareceu.
Fiz toda arrumação sozinha. Cada dia um pouco.
Como me cansei!!

Minha satisfação é ver tudo em ordem.
Sempre gostei de ter a casa limpa e arrumada.
Por incrível que pareça, mas tenho gavetas desocupadas.
Quero ficar só com o que uso e ter só o essencial.
Acima, gavetas desocupadas.
Valeu a pena ver tudo organizado.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Admitir o fracasso

Ganhei um livro da Martha Medeiros.
Alguns textos tenho gostado muito.
Entre eles, este abaixo.

"Eu estava dentro do carro em frente à escola da minha filha, aguardando a aula dela terminar. A rua é bastante congestionada no final da manhã. Foi então que uma mulher chegou e começou a manobrar para estacionar o seu carro numa vaga ainda livre. Reparei que seu carro era grande para o tamanho da vaga, mas, vá saber, talvez ela fosse craque em baliza.

Tentou entrar de ré, não conseguiu. Tentou de novo, e de novo não conseguiu. E de novo. E de novo. Por pouco não raspou a lataria do carro da frente, e deu umas batidinhas no de trás que eu vi. Não fazia calor, mas ela suava, passava a mão na testa, ou seja, estava entregando a alma para tentar acomodar sua caminhonete numa vaga que, visivelmente, não servia. Ou, se servisse, haveria de deixá-la entalada e com muita dificuldade de sair dali depois. Pensei: como é difícil admitir um fracasso e partir para outra.

Para quem está de fora, é mais fácil perceber quando uma insistência vai dar em nada – e já não estou falando apenas em estacionar carros em vagas minúsculas, mas em situações variadas em que o “de novo, de novo, de novo” só consegue fazer com que a pessoa perca tempo. Tudo conspira contra, mas a criatura teima na perseguição do seu intento, pois não é do seu feitio fracassar.

Ora, seria do feitio de quem?

Todas as nossas iniciativas pressupõem um resultado favorável. Ninguém entra de antemão numa fria: acreditamos que nossas atitudes serão compreendidas, que nosso trabalho trará bom resultado, que nossos esforços serão valorizados. Só que às vezes não são. E nem é por maldade alheia, simplesmente a gente dimensionou mal o tamanho do desafio. Achamos que daríamos conta, e não demos. Tentamos, e não rolou. “De novo!”, ordenamos a nós mesmos – e, ok, até vale insistir um pouquinho.

Só que nada. Outra vez, e nada. Até quando perseverar? No fundo, intuímos rapidinho que algo não vai dar certo, mas é incômodo reconhecer um fracasso, ainda mais hoje em dia, em que o sucesso anda sendo superfaturado por todo mundo. Só eu vou me dar mal? Nada disso. De novo!

De-sis-ta. É a melhor coisa que se pode fazer quando não se consegue encaixar um sonho em um lugar determinado. Se nada de positivo vem desse empenho todo, reconheça: você fez uma escolha errada.
Aprender alemão talvez não seja para sua cachola. Entrar naquela saia vai ser impossível. Seu namorado não vai deixar de ser mulherengo, está no genoma dele. Você irá partir para a oitava tentativa de fertilização?

Adote. E em vez de alemão, tente aprender espanhol. Troque a saia apertada por um vestido soltinho. Invista em alguém que enxergue a vida do seu mesmo modo, que tenha afinidades com seu jeito de ser.
Admitir um fracasso não é o fim do mundo. É apenas a oportunidade que você se dá de estacionar seu carro numa vaga mais fácil e que está logo ali em frente, disponível."

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Esculturas em mármore

Dá para acreditar que esses véus não são de tecidos?
Acreditem que são esculturas em mármore.
“A virgem velada” é uma das mais impressionantes que eu já vi na vida, é do artista italiano Giovanni Strazza.

Pensa no grau épico de dificuldade de modelar um véu sobre um rosto num material que está entre os mais duros do planeta, o mármore (mineral de dureza 3). Dizem que para esculpir uma figura, você pega o bloco e “simplesmente tira tudo que não é a figura dele”.Pensa no nível de dificuldade de esculpir isso aqui sem quebrar:
rte superior do formulário

Este é um monumento “A liberdade do feitiço” de Franschesko Kvirolo e é a mais famosa de suas obras, pela habilidade em fazer esta rede.
Toda feita em uma única peça de mármore e pedra-pomes.
Ele foi o único mestre napolitano que aceitou o desafio.
Outros grandes escultores amarelaram, acreditando que a rede iria quebrar em pedaços.
Parte inferior do formulário

E que tal essa textura de pele, de Lorenzo Berdini, que retrata o sequestro de Perséfone? O cara tinha só 23 anos de idade quando a fez, em 1621.
Impressionante!!

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Jardineira da sala


Não sei vocês, mas adoro ter minha casa toda em ordem.
Não gosto de ter nada quebrado, também.
Ainda bem que o marido comunga da mesma opinião e me ajuda.

Depois de todos os armários da casa arrumados, é a vez de ajeitar a jardineira da sala.
Infelizmente, por morar em apartamento, sem varanda, só me resta uma jardineira grande e mais dois jarrinhos dentro de casa.

Antes, tinha areia dentro da jardineira, mas começaram a surgir problemas no condomínio e o síndico pediu para usarmos plantas em jarros, somente, uma vez que as raízes estavam entranhando nas tubulações e dando problemas.

Já dei uma ajeitada nela um tempo desses, mas sabe quando a gente vê que as plantas já estão na mesma mesmice, sem viço, sem graça e a terra já muito lavada!!
Era assim que estava achando.

Renovei as plantas, mudando a areia/adubos.
Agora é dar tempo para elas crescerem mais e  ficarem com mais viço e consequentemente, bonitas.

Antes minhas plantinhas estavam assim:




 Agora estão assim:



 
Olhe quem curte também as plantinhas....rs.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O que é viver bem


“Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice.
E digo pra você, não pense.


Nunca diga estou envelhecendo, estou ficando velha. Eu não digo.
Eu não digo que estou velha, e não digo que estou ouvindo pouco.
É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.
Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida. O melhor roteiro é ler e praticar o que lê.
O bom é produzir sempre e não dormir de dia.
Também não diga pra você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais.
Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima.
Eu não digo nunca que estou cansada. Nada de palavra negativa.
Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica.
Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então silêncio!
Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha, não. Você acha que eu sou?
Posso dizer que eu sou a terra e nada mais quero ser.
Filha dessa abençoada terra de Goiás.


Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos.
Sei que alguém vai ter que me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo.
Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.
O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.
Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.
Digo o que penso, com esperança.
Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.
Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.”


Cora Coralina